O grupo chinês de aviação HNA — que ano passado se tornou o maior acionista da Azul ao comprar 23,7% da empresa por R$ 1,7 bilhão — acaba de pagar US$ 6,5 bilhões por 25% da Hilton Worldwide Holdings, dona da rede de hoteis de mesmo nome, aumentando seu calibre como um operador de turismo internacional.

O vendedor foi o Blackstone, que havia tirado o Hilton da Bolsa em 2007 numa aquisição de US$ 26,7 bilhões (incluindo dívida) e relistou a empresa num novo IPO em 2013.

Na transação concluída ontem, o HNA pagou US$26,25 por ação, um prêmio de 14,6% sobre o fechamento de sexta-feira, avaliando a rede em US$ 26 bilhões.

O HNA, um conglomerado com mais de US$ 100 bilhões em ativos, já anunciou US$ 20 bilhões em aquisições este ano, segundo cálculos da Reuters. O grupo tem cinco unidades de negócios: HNA Holdings (que controla imóveis e varejo), HNA Capital, HNA Tourism e HNA Logistics.

A quinta unidade de negócios, HNA Aviation, tem participação em 14 companhias aéreas, incluindo a Hainan Airlines, a maior companhia aérea privada da China e a quarta em tamanho de frota.
 
Em sua estratégia de aquisição, o HNA tem focado em negócios correlatos à aviação.

 
Em abril, o grupo comprou a Carlson Hotels, dona da bandeira Radisson, por um valor não divulgado. No início deste mês, pagou US$ 10 bilhões por um negócio de leasing de aviões, criando a terceira empresa do setor. E, no ano passado, pagou US$ 2,8 bilhões pela Swissport, a maior operadora de cargas em aeroportos do mundo.

 
Segundo a Reuters, a China Travel Academy, um instituto de pesquisa ligado ao governo, estima que os chineses vão gastar US$ 72 bilhões em turismo este ano em viagens domésticas e internacionais.